quarta-feira, 19 de junho de 2013

Seropédica ABC125 - Finalmente aterro sanitário de Seropédica vai tratar chorume

Seropédica ABC125 - Finalmente aterro sanitário de Seropédica vai tratar chorume
• Estação está prevista para entrar em operação no fim deste ano

Inaugurado há dois anos, o aterro sanitário de Seropédica, na Região Metropolitana do Rio, terá, enfim, uma estação própria de tratamento de chorume, líquido contaminante resultante da putrefação do lixo orgânico. A Ciclus, empresa que administra o aterro, contratou a Tecma — Tecnologia em Meio Ambiente para viabilizar a construção da unidade, orçada em aproximadamente R$ 35 milhões.
Prevista para entrar em operação no fim do ano, a estação será a maior do tipo da América Latina, pois está projetada para descontaminar mil metros cúbicos por dia, o equivalente a duas piscinas olímpicas cheias de chorume a cada cinco dias.
Escolhida entre seis empresas, a Tecma é uma empresa brasileira. É responsável pelo tratamento de chorume do aterro de Candeias, em Pernambuco. Ela também tratou o material poluente do antigo aterro de Gramacho, em Duque de Caxias.
Atualmente o chorume gerado em Seropédica é transportado por 150 quilômetros até Niterói, onde é tratado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Icaraí. A prática vem sendo duramente criticada por ambientalistas e pela prefeitura de Niterói. Em função da demora na construção de uma unidade própria, a Ciclus — sociedade formada pelas empresas Haztec e Júlio Simões — foi multada em R$ 252 mil pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O órgão ambiental havia estabelecido o prazo máximo de outubro de 2012 para o funcionamento da estação de tratamento de chorume. Somente há duas semanas a Ciclus bateu o martelo sobre a questão.
O Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica recebe diariamente 9,5 mil toneladas de detritos da capital e de outros seis municípios: Itaguaí, Seropédica, Caxias, Nilópolis, Queimados e São João de Meriti. O material orgânico representa a metade do lixo enterrado e compactado diariamente.
— Depois de muita pressão, estamos conseguindo finalmente equacionar a grave questão do tratamento de chorume dos grandes aterros sanitários. Com isso, o Rio dá mais um passo para cumprir as metas da Lei Nacional de Resíduos Sólidos: acabar com todos os lixões até 2014, apoiar catadores e tratar o chorume — afirma o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.
Tratamento completo só em 2014
O funcionamento da estação de tratamento de chorume de Seropédica será escalonado. Em cinco meses, está previsto começar apenas o tratamento primário. O efluente, após esse tratamento primário, já não possui odor característico de chorume. O tratamento terciário, mais completo e ambientalmente adequado, só deve começar em maio de 2014. Essa etapa prevê um moderno processo de purificação conhecido por membranas de nanofiltração.
Atualmente, a unidade gera cerca de 500 metros cúbicos do poluente todos os dias. O chorume é formado por elementos bastante nocivos à saúde, como cádmio e chumbo.
Muitos elementos são biocumulativos, ou seja, não podem ser expelidos facilmente pelo metabolismo dos seres vivos. Para o diretor da Comlurb José Henrique Penido, tratar o chorume de Seropédica será um enorme desafio.
— Não conheço em lugar algum do mundo uma estação de tratamento de chorume com essa capacidade. Nos Estados Unidos, o tratamento é feito em estações de esgoto. Na Europa, os aterros são pequenos. Esperamos que dê certo. Com o tratamento, o chorume de Seropédica será transformado em água, que poderá ser reutilizada para irrigar as pistas do aterro e molhar canteiros — explica Penido.
 
Foto: Seropédica ABC125 - Finalmente aterro sanitário de Seropédica vai tratar chorume
• Estação está prevista para entrar em operação no fim deste ano

Inaugurado há dois anos, o aterro sanitário de Seropédica, na Região Metropolitana do Rio, terá, enfim, uma estação própria de tratamento de chorume, líquido contaminante resultante da putrefação do lixo orgânico. A Ciclus, empresa que administra o aterro, contratou a Tecma — Tecnologia em Meio Ambiente para viabilizar a construção da unidade, orçada em aproximadamente R$ 35 milhões.
Prevista para entrar em operação no fim do ano, a estação será a maior do tipo da América Latina, pois está projetada para descontaminar mil metros cúbicos por dia, o equivalente a duas piscinas olímpicas cheias de chorume a cada cinco dias.
Escolhida entre seis empresas, a Tecma é uma empresa brasileira. É responsável pelo tratamento de chorume do aterro de Candeias, em Pernambuco. Ela também tratou o material poluente do antigo aterro de Gramacho, em Duque de Caxias.
Atualmente o chorume gerado em Seropédica é transportado por 150 quilômetros até Niterói, onde é tratado na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Icaraí. A prática vem sendo duramente criticada por ambientalistas e pela prefeitura de Niterói. Em função da demora na construção de uma unidade própria, a Ciclus — sociedade formada pelas empresas Haztec e Júlio Simões — foi multada em R$ 252 mil pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O órgão ambiental havia estabelecido o prazo máximo de outubro de 2012 para o funcionamento da estação de tratamento de chorume. Somente há duas semanas a Ciclus bateu o martelo sobre a questão.
O Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica recebe diariamente 9,5 mil toneladas de detritos da capital e de outros seis municípios: Itaguaí, Seropédica, Caxias, Nilópolis, Queimados e São João de Meriti. O material orgânico representa a metade do lixo enterrado e compactado diariamente.
— Depois de muita pressão, estamos conseguindo finalmente equacionar a grave questão do tratamento de chorume dos grandes aterros sanitários. Com isso, o Rio dá mais um passo para cumprir as metas da Lei Nacional de Resíduos Sólidos: acabar com todos os lixões até 2014, apoiar catadores e tratar o chorume — afirma o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.
Tratamento completo só em 2014
O funcionamento da estação de tratamento de chorume de Seropédica será escalonado. Em cinco meses, está previsto começar apenas o tratamento primário. O efluente, após esse tratamento primário, já não possui odor característico de chorume. O tratamento terciário, mais completo e ambientalmente adequado, só deve começar em maio de 2014. Essa etapa prevê um moderno processo de purificação conhecido por membranas de nanofiltração.
Atualmente, a unidade gera cerca de 500 metros cúbicos do poluente todos os dias. O chorume é formado por elementos bastante nocivos à saúde, como cádmio e chumbo.
Muitos elementos são biocumulativos, ou seja, não podem ser expelidos facilmente pelo metabolismo dos seres vivos. Para o diretor da Comlurb José Henrique Penido, tratar o chorume de Seropédica será um enorme desafio.
— Não conheço em lugar algum do mundo uma estação de tratamento de chorume com essa capacidade. Nos Estados Unidos, o tratamento é feito em estações de esgoto. Na Europa, os aterros são pequenos. Esperamos que dê certo. Com o tratamento, o chorume de Seropédica será transformado em água, que poderá ser reutilizada para irrigar as pistas do aterro e molhar canteiros — explica Penido.

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